sexta-feira, 14 de março de 2014

O primeiro beijo...

O primeiro beijo... 

Sabemos que pode haver um primeiro beijo ou vários primeiros beijos. Seja como for, em que idade for, com quem for e quantas vezes for é sempre um misto de nervosismo, ansiedade, aventura, desejo, surpresa...
É um jogo de adivinhação. Um puzzle no qual duas peças podem encaixar perfeitamente ou esbarrar abruptamente uma na outra.  
É uma caixinha de Pandora que depois de aberta nos pode levar a sentir as tais borboletas no estômago, as mãos frias e transpiradas, o coração acelerado ou então, nos transporta para um universo de frustração e desilusão. E aí percebemos que não falamos a mesma língua e não vale a pena estar a insistir.
- É pena - pensamos nós. mas sem a chave não conseguimos abrir a porta. Não vale a pena.
Um ósculo ardente é mesmo o passaporte de entrada no universo desconhecido que é o outro e que somos nós.
Sem isso, passamos a ser mais um "amigo", um conhecido de quem nos lembramos de quando em vez, quando estamos desocupados ou à espera do outro que nos leva em plena interação.

[perdoem-me a desconexão de ideias ou pensamentos. Este post foi escrito nos dois minutos livres que tinha, aproveitados para fazer aquilo que realmente gosto e fazendo a vontade à vontade]


Alice!

segunda-feira, 10 de março de 2014

Fotossíntese

Estamos em modo fotossíntese por estes lados. Thank God! Love, love, love...
É oficial. 
Estou in love por este solinho bom que me deixa logo mais bem disposta e com vontade de fazer trezentos milhões de coisas ao mesmo tempo.
Adoro o cheirinho a sol na roupa que seca na varanda. Faz-me logo lembrar tempos em que a roupa secava no campo e eu tinha medo de a apanhar e ser picada por uma abelha. Como era estúpida e sem noção.
Agora, na minha varanda minúscula consigo apreciar à distância os tempos em que era gratuitamente e infinitamente feliz...  invariavelmente mal-disposta... Estamos a mudar... estamos a mudar... e a crescer... e a apreciar... e a reconhecer... e é tão bom reconhecer e apreciar e valorizar e guardar. Guardar para sempre.
Adoro o sol que me entra pela janela do quarto de manhã e me acorda mais cedo. Adoro, a sério. Faz-me ter mais tempo para preparar o dia e apreciar o silêncio da manhã. 
Adoro entrar na estrada com céu limpo e o sol que logo me faz franzir a testa. Ai, adoro. Faz-me sentir tão bem. Passa-me a rabugice e surge-me um pensamento: 
- Este vai ser um bom dia!
Adoro sentir a sala quente logo pela manhã. Transmite-me uma sensação de calma e conforto inimagináveis.
E principalmente, adoro chegar a casa, à minha gruta, ainda com dia e sentir que os raios de sol ainda a aquecem e iluminam e que ainda posso desfrutar dela, da sua beleza, do seu aconchego e de um  bom par de horas de rebuliço e produtividade, se assim o desejar.
Estamos a crescer, a renovar, a vitaminar. 

Fica sol, please. Fazes de mim uma pessoa mais feliz.



Alice!

segunda-feira, 3 de março de 2014

Sobre estes dias...

Já há algum tempo que não escrevo. Quer dizer, escrevo, mas não sobre o que me apetece escrever. Acho até que ando tão cansada e tão farta de fazer o que já não gosto de fazer que já nem me apetece tanto escrever. Estranho, não é?
Passo a explicar...
Sou pessoinha pra me meter a ajudar toda a gente, quer possa quer não possa. Não sei dizer "não" a nada. Cada vez trabalho mais e usufruo menos. Cada vez me sinto mais cansada. Estou a envelhecer precocemente com tanto stress e aflição. É semelhante o peso da responsabilidade que me imponho e que me impõem que parece até que já não consigo respirar corretamente. É que parece que não posso sequer dar-me ao luxo de falhar. Nem em casa nem no trabalho nem naquele que me trazia muita alegria e satisfação e me enchia de esperança e excitação - o meu masters.
Até esse, e principalmente esse, está a deixar-me de rastos.
Transformou-se, como acontece com praticamente tudo na minha vida, numa obrigação. Passou de impulsionador a "chateador", a maçador. Passei da fruição para a obrigação num abrir e fechar de olhos.
Parece que quanto mais trabalho mais me pedem para trabalhar. Quantas mais horas dedico ao bicho mais são necessárias. Credo! Já não aguento mais.
E depois é toda uma apresentação espetacular, tão espetacular que já pede um trabalhinho escrito. E depois uma reflexãozinha e depois, mesmo depois, é só ler mais umas tretas e já queremos apresentá-lo num congresso e transformá-lo num trabalho mega académico. Então? Senhores... já chega. Please. Preciso dormir. Sim... preciso desesperadamente de desligar o interruptor e dormir.
Hoje cheguei ao meu limite quando percebi que tinha um exame super importante marcada para... há 15 minutos atrás e me esqueci completamente dele. Porquê? Porque na minha mente só flutuam e chocam entre si os trezentos milhões de trabalhos para entregar. Imperdoável. Ah, porra pra isto!
Dei-me finalmente conta de que está a absorver demasiado a minha existência e não o posso permitir.
Mas como? Como despachar a coisa rapidamente sem peso na consciência nem sentimentos de culpa e frustração? Como?
Já sei, vou ali tomar mais um café e pode ser que hoje a coisa desenvolva um pouquinho mais e flutue em direção ao email ou à plataforma de um prof sedento de produção. Pode ser... Ya, vai sonhando...