domingo, 27 de julho de 2014

Das minhas gajas...

Chegou a hora de vos falar das minhas gajas. Aquelas amigas que são certamente mais do que amigas. Aquelas com quem eu posso contar, em todo e qualquer momento, nas melhores e piores situações (eu sei!) e por elas daria o ar que respiro. São minhas compinchas, minhas companheiras, guardadoras de segredos. São as minhas gajas. A relação que que tenho com elas é parecida a um casamento, só que não há chatices, não se deixam coisas por dizer, e cada uma vive em sua casa [o que não deixa de ser indispensável ao bom funcionamento de uma amizade]. Não caímos, portanto, na rotina nem nos cansamos umas das outras. Encontramo-nos a quilómetros mas estamos sempre muito próximas umas das outras. 
São poucas as minhas gajas. Para além de ser difícil encontrar gente verdadeira e com um discurso verdadeiro, esta história de gerir amizades de verdade dá muito trabalho!

Hoje vou falar-vos de uma em particular: a Raquel, autora do blogue Mar e Sal
Há muito que ela merece que fale dela, pela pessoa que é, pela importância que tem para mim, por aquilo que me dá, sempre.
A Raquel é uma pessoa grande. Enorme, eu diria. Grande de coração, enorme em bondade e generosidade. Não conheço mais ninguém assim jovem com um coração tão grande e generoso. É mãe, de duas meninas - a Mar e a Sal. Creio serem a maior vitória da sua vida e a razão maior da sua existência. Como qualquer mãe, vive cheia de dúvidas, incertezas e sobressaltos. Também a ela o trio maravilha (medo, insegurança, vergonha) visita regularmente. Vive assombrada pelo medo de errar e tenta ser perfeccionista ao ponto de se criticar severamente. Não tem a menor necessidade disso. O que faz, faz bem feito. Esforça-se imenso por fazer bem e agradar a toda a gente mas não necessita disso, porque como coloca o coração em tudo o que faz, deixa sempre todo o mundo agradado. Quem a conhece, sabe do que é capaz para ajudar, colocando-se a ela mesma em terceiro, quarto ou quinto planos. 
Tem sempre uma palavra de consolo quando preciso. Tem a capacidade de me ouvir durante horas. E um sorriso sincero que nos faz sorrir mesmo quando choramos. E isso não se paga. 
A Raquel albergou-me em casa dela num dos piores momentos da minha vida. Abriu-me mais uma vez as portas da sua casa e acolheu-me na sua família. Abraçou-me e chorou comigo. E isso nunca irei conseguir pagar, mesmo que um dia venha a ser rica.
Sei que está sempre lá pra mim. Pra me dizer que estou magra e me vai engordar, pra me dizer que sou a outra filha dela, pra me levar à Moita como se fosse família. ou até pra me vender os livros quando preciso. Pra me dar bons conselhos, pra rir e chorar comigo, sempre. A Raquel está sempre lá.  

E como se não bastasse tudo o que me vai dando ao longo destes dez anos de amizade, ainda me presenteou com mais uma surpresa estes dias. Tratou de mandar pela guerreira que lutou em Sintra o ano inteiro um batelão de batata, pera, pão, doce, ovos e outras iguarias mais. 
Rapariga, não tens cura! Parecíamos ciganas a traficar mercadoria. Foi hilário!
No meio de tanto presente, ainda estava um colar, feito pela Mar e que eu tenho usado desde então. Maravilhoso. Doce, fofinho, cuidado, tal como elas. Amei. É a minha cara! 

É por tudo isto e muito mais que vos adoro. É por tudo isto e muito mais que vocês são a minha família. Por mais que eu escreva ou agradeça, nunca será suficiente para descrever a pessoa grande que ela é nem o tamanho do seu coração. 
Obrigada!


terça-feira, 8 de julho de 2014

A partilha de uma partilha





Tinha mesmo de o fazer. Até se me arrepia a pele e se me enche o peito de orgulho por tão bela e verdadeira realidade.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Fim de época

A época está no fim.
Avizinham-se novas contratações e tomada de decisões.
E a minha ansiedade instala-se definitivamente.
Será que vou conseguir tomar a decisão certa? Será que vou conseguir granjear fervorosos adeptos para a minha equipa? Ou como sempre me vou encher de esperanças e sonhos e projetos e depois acabar sozinha? Será que na hora h vou ser capaz de seguir em frente? Ou vou fraquejar como tantas outras vezes?
Medo... Medo é o que mais sinto agora. Medo, insegurança, vergonha... O trio maravilha que me visita nas piores alturas.
É certo que já consegui alterar muita coisa em mim e surpreender, positiva e negativamente, claro está. No entanto, na essência, continuo a mesma. Com alguns ajustes mas a mesma peça frágil e quebradiça de sempre.
Não contem a ninguém. É segredo.
Acho que as pessoas gostam mais de mim assim. E querem saber? Eu também. Acho que só me falta mesmo encontrar os materiais e as técnicas que reforcem o meio campo e me permitam chegar lá à frente e rematar.

Alice