segunda-feira, 27 de julho de 2015

da comunhão das almas

Por vezes somos abençoados com seres especiais, seres de luz. Seres que julgávamos já não existirem ou jamais sermos capazes de encontrar. E eis que, no meio da desesperança e incredulidade somos abraçados pelas palavras de alguém que comunga plenamente dos nossos ideais. Alguém que tem os mesmos sonhos, as mesmas crenças, a mesma religião. E nesse momento sentimo-nos tocados pela magia de ter conhecido alguém assim. Alguém que podíamos ser nós mas não somos. Alguém que sem nos ser nada, é-nos tudo. Alguém que nos mostra como somos bonitos aos seus olhos. Alguém que diz aquilo que sentimos sem nunca termos sido capazes de o dizer. Alguém que nos pensa antes de o criarmos. Alguém que nos mostra que podemos sonhar e continuar a acreditar, porque é possível. Alguém que nos sonha e nos acredita muito mais do que nós alguma vez ousámos sonhar e acreditar. E no dia em que encontramos esse alguém, julgamos estar a sonhar. Como é possível existir alguém que nos perceba tão melhor do que nós? Alguém que nos leia tão claramente que é capaz de corrigir todas as vírgulas, juntar todos os parágrafos e acabar com todas as reticências que nos preenchem? Alguém que escreve e se inscreve todos os dias em nós? A descrença, a desesperança e a experiência fizeram-me acreditar que era impossível encontrar alguém assim. Contudo, chegou o dia em que o encontramos, esse alguém que faz correr um rio dentro de nós, ao mesmo tempo que seca todas as planícies outrora alagadas por chuvas e ventos intensos. Quando isso acontece, somos invadidos por um calor e uma luz interna que queremos nunca mais se extingam e pedimos para que esse ser de luz nunca mais se afaste de nós, porque queremos muito partilhar dessa luz. Sem medo, sem insegurança, sem incertezas, percebemo-nos capazes de sentir e viver essa luz.
Adoro-te, querido e terno ser de luz!